Mês passado o Mova-se Fórum de Mobilidade foi surpreendido com a notícia vinculada na CNN…

Acessibilidade, um direito de todos
O nome dela é Glória Maria Martins Gomes, ela tem 65 anos e desde pequena convive com as sequelas de uma poliomelite, doença que atrofia os membros inferiores dificultando a locomoção. Dona Glória é o tipo de pessoa que deixa em todo o ambiente que frequenta boas razões para continuar sorrindo. É um perfil alegre e cheio de gratidão pela vida e com muito a ensinar. “Eu sou uma pessoa que gosta de sorrir, que gosta de ver a vida. Faço tratamento três vezes por semana na Adfego e mesmo tendo força no braço pra levar a cadeira, preciso que alguém me leve até lá para o tratamento. Sabe quem me leva? O Acessível. Sem ele eu não teria como ir”, diz.

Como dona Glória outras 211 pessoas são atendidas pelo Acessível, transporte oferecido a pessoas com Deficiência –PDC- e sem custo. A operação é feita por ônibus adaptado e realizada em cinco rotas da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos, com a supervisão da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos- CMTC. Essas rotas cumprem trajetos que passam pelo Setor Coimbra, Jardim Goiás, Setor Pedro Ludovico, Negrão de Lima, Jardim Novo Mundo, Setor Bueno, Vila Nova, Vila Santa Izabel e Setor Leste Universitário.
Este atendimento é necessário e tem como foco o tratamento de saúde. O Acessível está incluso no contrato de concessão sendo ele personalizado, ou seja, é feito porta a porta e segue cadastro aprovado por entidades que representam pessoas com deficiência, entre as associações a APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais; CORAE – Centro de Orientação, Reabilitação e Assistência ao Encefalopata; CRER – Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo, ADFEGO- Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás; Associações ligadas à Pestalozzi (Peter Pan, Prolabor, Renascer).
Solicitações para inclusão de nomes são feitas também na Central de Atendimento do Acessível e que opera na CMTC. Os procedimentos seguem avaliação de casos e encaminhamento para a instituição que o usuário deseja tratamento. “Infelizmente temos uma lista de espera para que o atendimento seja realizado. Isso acontece por falta de vagas nas rotas criadas. A CMTC tem buscado recursos para mais um ônibus e assim que conseguir, dará mais vagas a essa demanda”, explica Gardênia Amaro de Oliveira, responsável pelo atendimento.

Cidades para pessoas
Pessoas com deficiência cruzam todos os dias com a falta de acessibilidade em diferentes espaços da cidade. A CMTC entende que é preciso oferecer serviços sem obstáculos, como calçadas acessíveis, rampas de acesso em edificações, comunicação assertiva com portadores de deficiência visual e um transporte público que garanta o direito constitucional de ir e vir. Ainda não temos esse modelo em sua totalidade, a intenção é debater sobre e, com isso, criar caminhos seguros a todos que querem fazer uso do sistema de transporte público.
Bianca Benetti
Núcleo de Comunicação da CMTC
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